Nildon (n°5) indo pra cima de Matos. Mais atrás, na parte não-sombreada está Frank Chegas observando o lance. (Créditos: Blog do Chiquitinha Maravilha) |
O time azulino preparava-se para o encontro com os rubro-negros desde a semana anterior ao confronto. O então presidente Aurélio Viana prometera uma parte da renda aos atletas caso viesse o triunfo. Com isso, a semana correu com os jogadores fazendo treinamentos puxados. O cartola também prometeu que iria queimar as camisas do clube. Já os rubro-negros preparavam-se para manter o tabu. E a partida não seria um simples jogo, visto que podia valer a liderança do Leão no Campeonato Baiano de 1962.
Jogadores do Galícia em treinamento na semana do esperado jogo. Da esq. pra dir.: Vadinho, Frank Chagas, Lai, Raul e Geraldo Simões. (Acervo de Nivaldo Carvalho) |
O Galícia tinha em seu plantel alguns jogadores que tinham passado pelo Vitória. Dentre eles: Frank Chagas, que havia sido campeão do Torneio Início do Baianão pelo decano dois anos antes e Wassil Barbosa, então técnico e treinador granadeiro, havia jogado no adversário por volta de 1959.
O jogo:
Na primeira etapa, os dois escretes apresentaram um embate bem disputado para os 6 661 pagantes que compareceram a Fonte Nova. Porém, a torcida do time hispânico esperava desta vez uma vitória. E ela veio a se concretizar logo aos seis minutos do segundo tempo com o gol de Wassil Barbosa, que mostrou a praticidade de seus treinamentos em campo.
O Vitória queria o triunfo pra cima Galícia. Primeiro para prosseguir na liderança, e segundo para continuar com o duradouro tabu. A equipe rubro-negra partiu pra cima do time mandante na intenção de arrancar o empate e até mesmo chegar a virada. As investidas do Leão não foram tão efetivas, pois o Galícia se defendeu como pode e respondia com seus contra-ataques. Com os nervos a flor da pele, as baixas vieram. O goleiro Zé Carlos foi expulso na partida e junto a ele o lateral-direito Kleber "Bubu". Com dois a mais, o time dos colonos espanhóis teve um jogo mais maleável a partir dali, e ao apito final do mediador do confronto, Otávio Neves de Jesus, os granadeiros puderam comemorar a quebra do tabu.
O Vitória ataca, mas não consegue atingir a meta dos granadeiros. (Acervo de Nivaldo Carvalho) |
O dirigente Ceferino Carrera ergue a taça quebra-tabu. |
Promessa é dívida, e Aurélio Viana tratou de pagar:
O presidente Aurélio Viana cumpriu as promessas que fez ao término da partida. Repartiu a renda e queimou camisas. |
A outra promessa também veio a ser cumprida pelo cartola. As camisas usadas no confronto foram queimadas na pista de acesso ao Estádio Octávio Mangabeira - alguns atletas guardaram as suas camisetas -. Assim pondo em cinzas toda um mau adquirido pelo clube nos anos anteriores diante do Vitória.
Técnico e treinador do Demolidor de Campeões, Wassil recebeu a mais pelo gol marcado. Em pé está ele orientando o time, e sentados estão: Vadinho, Silvio Mário, Frank Chagas, Lai, Beto (goleiro) e Raul. (Acervo de Nivaldo Carvalho) |
O matense Frank Chagas, irmão de Chiquitinha Maravilha, abriu o "Mercado da Bola", para outros jogadores amadores matense, que se profissionalizaram a partir da década de 196o, a exemplo de Nélson Leal, Hélio Nailon, Manesinho, Teixeira do vitória.. Link da história completa do "Quebra Tabu!" do Galicia 1x0 EC Vitória, gol do técnico e jogador Vassil Barbosa, ex -Bangu, Bahia... A matéria do Jogo do "Quebra Tabu", foi pesquisado por Chiquitinha maravilha em 2002. Link http://chiquitinhamaravilha.blogspot.com.br/p/o-matense-frank-chagas-do-vitoria.ht
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