Blog criado com o intuito de reunir crônicas sobre jogadores, partidas e outras histórias que marcaram época no Esporte Clube Vitória.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Zé Júlio... goleador aos 20 anos

Zé Júlio em um BaVi.

 No ano de 1976 no Vitória tinha destaque na equipe o argentino Rodolfo Fischer. Porém, mesmo El Lobo tendo respaldo no clube na maior parte do ano, disputando Baianão e Campeonato Brasileiro, o final de ano guardou-se para o destaque de outro craque que começaria a agir com a camisa rubro-negra. Ninguém menos que Zé Júlio, que após a saída do atacante portenho chamou a responsabilidade pra si e marcou sete dos 22 gols que o Vitória assinalou na conquista do Torneio José Américo Filho, o Nordestão daquele ano. Título esse que completa 40 anos nesse 18 de dezembro.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Mário Sérgio encerrou a carreira no Bahia, mas jogou seu último jogo no Vitória

Mário Sérgio em foto sem barba e sem bigode e com o cabelo curto. Uma exceção as suas regras.

 Na década 70 o ponta-esquerda Mário Sérgio se tornou ídolo do Vitória ao jogar no clube por cinco temporadas. O Vesgo que veio do Flamengo após alguns desentendimentos com o técnico Yustrich, que o achava um rebelde, fez sucesso com a camisa do rubro-negro baiano e saiu da Bahia de volta pro Rio de Janeiro pra defender o Fluminense, já na condição de prata da casa do Leão, pois mesmo tendo sido revelado pelo clube da Gávea foi na Boa Terra que ele se encontrou com o seu futebol.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

E o Vesgo se imortaliza

Caricatura de Mário Sérgio, por Chico Soza

 Adorado por onze de cada dez rubro-negros de longa data, o irreverente Mário Sérgio partiu na última alvorada deixando a nação rubro-negra enlutada com sua passagem. Ontem se foi um pedaço de um revólver 38, uma roda de um Volkswagen SP2, um passe de calcanhar com ousadia, um banho de água num cartola, uma birra com Yustrich. Não é atoa que hoje o Vitória abre passagem pra um tal Mário Sérgio, conhecido como Marinho, ser o craque da equipe. Mário Sérgio Pontes de Paiva é o fiel retrato de um Esporte Clube Vitória campeão, é a estampa dos áureos tempos rubro-negros. É um jogador capaz de receber flores de um zagueiro rival linha dura.

 Diante dos clichês do primeiro parágrafo abro espaço pra falar em primeira pessoa neste. Quando há exatos um ano e três meses atrás foi postado aqui no blog a crônica "Mário Sérgio... o Vesgo" , me recordo que um leitor e torcedor rubro-negro contou nas redes que o pai dele frequentava a Fonte Nova não por causa do Vitória, não por causa do Campeonato Baiano, ou do Brasileirão, mas sim para ver Mário Sérgio jogar futebol. Dessa forma ele completava: "meu pai não era torcedor do Vitória, meu pai era torcedor de Mário Sérgio". 

 A comoção de ter visto o Vesgo jogar é algo pra poucos. Hoje podemos dizer que os torcedores mais velhos, todos aqueles que tiveram a miragem de Mário Sérgio vestindo vermelho e preto foram e são afortunados. Se hoje pra vermos um vídeo de dois minutos dos melhores momentos de um atleta precisamos de lances de várias de suas partidas, Mário Sérgio precisaria de somente uma pra tal. Que a rebeldia do Vesgo viva sempre dentro de cada jogador, pois foi também seu gênio forte e sua personalidade rija que fizeram do Leão o que ele é hoje. Dizem as más línguas tricolores que o Vitória não tem estrela. Hoje nós temos uma no céu, o eterno Vesgo!

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Quarentinha... um artilheiro paraense



  A Bahia contou com diversos artilheiros nas suas primeiras décadas de futebol. Popó, Siri, Juvenal... mas nenhum deles foi tão notável quando Quarentinha. O atacante paraense, apesar de ter sido revelado pelo Paysandu, se destacou nos gramados baianos pelo Vitória e fez fama no mundo posteriormente com a camisa do Botafogo e da Seleção Brasileira. Foi dessa forma que alcançou feitos eminentes como a maior artilharia da história do Botafogo de Futebol e Regatas, e a melhor média de gols pela Seleção Brasileira.

domingo, 18 de setembro de 2016

Anos 90... uma década de torneios amistosos




 Na década de 1990 a ascensão rubro-negra lhe trouxe convites para participar de diversos torneios amistosos na década. Alguns de cunho internacional como o Torneio Brasil-Senegal e o da Cidade de Valladoid. Outros, nacionais e mais festivos como o Torneio da Uva. Abaixo, teremos seis dessas competições festivas disputadas pelo Vitória em ordem cronológica na última década do século XX.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Juvenal... O Jegue Alemão

Juvenal ao lado de Viana em 1950. (Acervo de Galdino Silva)

 Se na década de 40 o Vitória teve como seu principal goleador o atacante Siri, nos anos 50 não poderia ser diferente. Acontece que Siri deixou o clube por volta de 1949 e em 1950 já entrou em ação outro atleta que viria a se tornar um artilheiro com a camisa rubro-negra. Era início de década e os times ainda jogavam no Campo da Graça. Juvenal, que ficou conhecido também como Jegue Alemão, já havia atuado no clube anos antes, mas foi nessa segunda passagem que ele ascendeu e levou o clube para um novo estágio.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Curiosidades ECV: Com triunfo sobre o Corinthians, Vitória quebrou dois tabus

Edílson Capetinha no último jogo em que o Vitória venceu o Corinthians. (Imagem: Vitor Camilo)

 No último domingo (22), o Vitória venceu o Corinthians por 3 a 2 de virada em jogo válido pela 2° rodada do Campeonato Brasileiro. Com o triunfo o Leão quebrou dois tabus, que já duravam mais de dez anos. Um deles, vencer o Corinthians e o outro vencer a equipe paulista em jogos do Brasileirão, pois em setembro completariam-se vinte anos de jejum.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Sport Club Victória... pioneiro baiano em jogos internacionais

Um dos convites transcritos por Alvaro Tarquínio para um amistoso entre os dois combinados.

 Nascido a partir de um sentimento patriótico em 13 de maio de 1899, o Vitória por pouco não adotou o verde e amarelo como suas cores primárias. O Club de Cricket Victoria, ainda alvinegro, chegou a ser sondado como Club de Cricket Baiano ou Club de Cricket Brasileiro. Mas os jovens optaram por homenagear o Corredor da Victoria, bairro em que residiam. Dessa forma, criaria-se um clube que viria a ser pioneiro nos desportos da Bahia, dentre eles o futebol em 1901.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Curiosidades ECV: Dados de confrontos entre Vitória e Santa Cruz

Hugo x Rosinaldo em um confronto de 1988 que o Vitória venceu por 2 a 0. (Imagem: Vitor Camilo)

 Mais um Campeonato Brasileiro se aproxima e o Vitória terá como primeiro adversário a equipe do Santa Cruz. Na nova coluna do blog, "Curiosidades ECV", que está presente neste espaço ás terças, iremos conhecer melhor os dados dos confrontos entre as duas equipes, que desde o longínquo ano de 1936 se enfrentam, porém sendo somente em 1972 que os dois times rivalizaram numa competição nacional.

sábado, 7 de maio de 2016

Coutinho... O Gênio da Área

Coutinho em lance contra o São Cristovão-BA, partida em que marcou seu único gol pelo Vitória.

 Quando em 1968 o Vitória resolveu investir em nomes de peso, um dos craques que acabou vindo para o escrete rubro-negro foi ninguém menos que Coutinho, craque santista que nos anos anteriores fizera um trio de ataque fulminante junto de Pelé e Pepe. Além disso, o atleta, campeão mundial em 1962 viera como grande promessa, mas não vingou de tal forma. Outros nomes de peso que o clube contratou neste ano foram: Orlandinho, também do Santos e Canhoto, do Bangu.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Edgardo Andrada... el gato

Andrada em sua passagem pelo Vitória, no ano de 1976.


 Goleiro conhecido por muitos como o receptor do gol 1000 de Pelé, Andrada foi mais um dos que fizeram história não somente no Vitória, mas também no futebol brasileiro, tendo atuado debaixo das traves baianas somente no ano de 1976. Por isso, nesse 26 de abril (Dia do Goleiro) relembraremos esse que foi um dos personagens importantes da história do Leão.

segunda-feira, 21 de março de 2016

1957... quando os atletas do Vitória representaram a Seleção Brasileira

(Acervo de Galdino Silva)
 Pela Taça Bernardo O'Higgins, parte do elenco do Esporte Clube Vitória representou a Seleção Brasileira em confronto contra o Chile. Pra ocasião, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos) indicou a Seleção Baiana pra representá-la no torneio amistoso, no qual constaria dois jogos em solo chileno. As duas partidas foram disputadas na capital Santiago, e diferente da primeira edição - de dois anos antes - quem venceu foi o time da casa.

sexta-feira, 18 de março de 2016

terça-feira, 15 de março de 2016

O dia em que Vitória e Fluminense formaram um só time

Da esq. pra dir. em pé: Andrada, Carlos Alberto Torres, Pintinho, Joãozinho, Altivo e Rodrigues Neto; agachados da esq. pra dir: Osni, Rivelino, PC Caju, Fischer, Dirceuzinho e o massagista Gaguinho.

 Presidido por Alexi Portela, no ano de 1976, o Vitória possuía em seu elenco dois atletas provindos do futebol carioca. Tratava-se dos portenhos Rodolfo Fischer e Edgardo Andrada. O primeiro era atacante, estirpe de matador e havia chegado do Botafogo pra trazer experiência ao time. O técnico Tim também apostou na vinda do goleiro, ex-Vasco da Gama, que havia sofrido anos antes o milésimo gol de Pelé. Além deles, Osni, atacante que já possuía anos figurando na titularidade da equipe rubro-negra, havia jogado no Madureira e Olaria.

terça-feira, 8 de março de 2016

Mulheres do E.C. Vitória: As torcedoras

 Ontem (07) foi postado no blog uma homenagem a uma das figuras femininas que mais obteve influência dentro do Esporte Clube Vitória, dona Isaura Maria, que acumulou serviços prestados ao clube desde os anos 60. Hoje, no Dia Internacional da Mulher, vem a tona outras mulheres que fizeram e fazem parte do Leão da Barra, seja alentando o clube ou tendo participação dentro do próprio time.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Mulheres do E.C. Vitória: Isaura Maria


Isaura no livro "Vitória: uma história de amor e paixão" com a camisa da campanha Meu Sangue É Rubro-Negro. (Acervo de Aurelino Resedá)
 Não só de homens foi constituída a história do Esporte Clube Vitória ao longo dos três séculos os quais o clube está vigente. A partir de 1960 o time contou com as qualidades de Isaura Maria, que ainda na flor da idade começou a prestar serviços em prol do Vitória. Em pelo menos mais de duas décadas, Isaura chegou a auxiliar o clube de diversas formas, empregando numerosas funções.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Seleção do Vitória de todos os tempos



 Há um ano e um mês atrás era fundado neste espaço o blog Memórias do E.C. Vitória. Para celebrar os mais de 364 dias no ar foi feita desde o mês de janeiro, uma votação com historiadores do futebol baiano e torcedores de longa-data do rubro-negro para definir qual seria a seleção do Vitória de todos os tempos. O nosso selecionado vermelho e preto foi definido pelos seguintes nomes: Aurelino Resedá, Dilson Filho, Fernando Tavares, Jorge Tadeu Lauro, Luciano Santos, Nivaldo Carvalho, Orlando Marcelo, Paulo Leandro e Ubiratan Brito. O time está formado no 4-3-3, e reúne atletas das décadas de 60, 70, 80 e 90. Foram postos em votação jogadores que atuaram desde os anos 30 até os anos 2000, portanto segue abaixo nome por nome a formação final da Seleção do Vitória de todos os tempos:

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A passagem de Beijoca pelo Vitória

Beijoca tomando água de coco pelo Vitória em 1983. (Acervo de Galdino Silva)

 Após figurar como ídolo do rival na década de 70, o atacante Beijoca veio a despontar com a camisa do Esporte Clube Vitória nos anos 80. O clube de volta as raízes, usava o de seus primordiais escudos, e foi com essa camisa que o ex-atleta do time tricolor veio a eclodir pelo Leão da Barra. Clube que defendeu por longos anos da década, sem perder o seu estilo desvairado de outrora.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

1963... o jogo do quebra-tabu

Nildon (n°5) indo pra cima de Matos. Mais atrás, na parte não-sombreada está Frank Chegas observando o lance. (Créditos: Blog do Chiquitinha Maravilha)
 Hoje, 1° de janeiro de 2016, o Galícia Esporte Clube completa 82 anos. A equipe criada por espanhóis da região homônima ao time conquistara respaldo no futebol baiano logo na sua primeira década atuando no futebol. Porém, em 1963 o Granadeiro completava cerca de nove anos sem vencer o Vitória. Mas no dia 04 de fevereiro, dois dias após a tradicional festa de Iemanjá, entrou em campo e venceu por 1 a 0 o Leão, provando sua alcunha de "Demolidor de Campeões".