Blog criado com o intuito de reunir crônicas sobre jogadores, partidas e outras histórias que marcaram época no Esporte Clube Vitória.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Marquinhos... atleta revelação e tricampeão



 Que o Vitória é uma fábrica de talentos muitos já sabem. Na década de 90 o boom de craques que apareceram na Toca foi fundamental para que o clube galgasse cada vez mais espaço no futebol brasileiro. Sem citar a geração mágica de 1993, nesse texto falamos de Marquinhos, meia que encantou a bancada rubro-negra nos anos de 1995 a 1997 conquistando títulos até mesmo inéditos para o Leão.

 Marcos Correia Santana nasceu na cidade de Itapetinga-BA em 8 de fevereiro de 1977. Não demorou a despertar para o futebol. Começou numa escolinha de sua cidade de onde foi levado para o Bahia aos 12 anos. Já em 1992, Newton Mota trouxe ele e outros atletas para a base vermelha e preta. Defendendo seu clube do coração é que deslancharia nos profissionais.

 Sua estreia aconteceu diante do Galícia num jogo onde mostrou ao que veio, entrou num segundo tempo ele foi escolhido o melhor da partida. Mas seu primeiro gol com a camisa rubro-negra foi sob o sol do 2 de julho. O Vitória perdeu para o Bahia por 2 a 1 na ocasião, mas o gol de Marquinhos ficou marcado como o último do antigo Pituaçu. Com esse tento e outras boas atuações, ele conquistou o Baianão com o clube e junto o troféu Zuza Ferreira, que era dado ao atleta revelação do certame.
Em 1995 recebendo o troféu Zuza Ferreira das mãos de Ednaldo Rodrigues.

 Em 1996, ano do bicampeonato baiano, continuou com o bom desempenho, inclusive marcando gols em duas vitórias seguidas no campeonato, ambas por 2 a 0, em cima de Jacuipense e Conquista. Ainda neste ano balançou a rede na derrota rubro-negra por 3 a 1 para o Fluminense, jogo em que o time carioca foi rebaixado.
Marquinhos foi tricampeão baiano e campeão da Copa do Nordeste pelo Vitória.

 Apesar do futebol de Marquinhos continuar em ótima forma, 1997 foi um ano ímpar dentro do clube. A chegada de atletas como Bebeto, Petkovic, Túlio e outros tantos ofuscou as pratas da casa. Mesmo assim, o meia continuou deixando sua marca nas competições que viria a conquistar com o Vitória naquele ano. Logo no primeiro jogo do ano marcou diante do River de Ilhéus num 4 a 0 e em jogo decisivo na primeira fase da Copa do Nordeste fez o segundo gol na vitória em 2 a 1 sobre o Confiança. Somando estes e outros resultados, o Leão levantaria ainda naquele primeiro semestre a taça de tricampeão baiano e também a do seu primeiro Nordestão oficializado. No segundo semestre a boa campanha no Brasileirão - 9° colocado - trouxe os olhos de muitos clubes pros atletas rubro-negros.
Ferozmente marcado pelos atletas da Catuense em jogo do Baianão.

 Marquinhos deixou o clube para ir jogar no Camaçari, e mais tarde faria carreira em clubes de Portugal, do próprio Brasil e outras equipes do exterior. Hoje aposentado dos gramados e completando 42 anos nessa data, vive em sua cidade natal onde dá aulas numa escolinha de futebol ligada ao Vitória.

Atualmente com os alunos da escolinha de futebol em Itapetinga-BA.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Sena... um artilheiro impecável

(Créditos: Acervo de Ângelo Alves)

 Quando fala-se de Sena, evoca-se os temores daqueles que foram adversários rubro-negros nos anos 70. Dono de um dom inato para fazer gols e ídolo de muitos torcedores, Sena infernizou a defesa dos mais variados clubes em fins setentistas. Para que o leitor entenda melhor a figura, se trata do 4° maior artilheiro da história do Esporte Clube Vitória, com 109 gols em 192 jogos. A frente dele, somente Osni, da mesma década, e os lendários Siri e Juvenal.

domingo, 11 de novembro de 2018

Inauguração do Barradão... 32 anos atrás

Inauguração do Barradão na tarde do dia 11 de novembro de 1986. (Créditos: Jornal Correio)
 Há uma coisa que é desprezada na história do Esporte Clube Vitória. A pontualidade. O clube nasceu em 13 de maio de 1899, mas esta não era a data da fundação do rubro-negro, e sim 7 de maio. Por conta das chuvas na capital baiana, atrasou-se em alguns dias a criação do Club de Cricket Vitória. Apesar de já ser um 'um menino de 84 anos', como já fora intitulado no século passado, o Vitória ainda estava prestes a ganhar o seu berço. Era este o Estádio Manoel Barradas, que inaugurado em 1986, completa hoje seus 32 anos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Em 76: técnico avisou, time cumpriu e o Vitória venceu o Flu no Maracanã

Os defensores rubro-negros Uchoa e Valter marcam Paulo Cézar Caju em lance no Maracanã.

 Num setembro como este, porém em 1976, o Vitória ia ao Rio de Janeiro para enfrentar o Fluminense em jogo válido pela Copa Brasil - Brasileirão -. Naquele mesmo ano, os craques do tricolor carioca, como Rivelino e Paulo Cézar Caju, vestiram a camisa rubro-negra numa ocasião em junho, quando ambas as equipes formaram um combinado que enfrentou e venceu um combinado estrangeiro por  3 a 1 na Fonte Nova. Acontece que se o combinado 'Vitonense' fora somente um amistoso, o jogo pelo certame nacional era á vera.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Ney Ferreira... bicampeão baiano com boicote midiático



 Não é novidade nenhuma pro torcedor do Vitória a aversão que a imprensa esportiva da Bahia tem pelo clube. Perseguido, injustiçado e degredado das folhas de jornal desde muito antes, o rubro-negro há muito não tem uma vida fácil com a mídia. Se em pleno 2018 o torcedor ainda se faz 'Fechado com o ECV' por observar os desvios da comunicação esportiva nos meios baianos, nos anos 60 a situação não era bastante diferente. Aconteceu que nesta década um presidente do clube levou as ofensivas jornalísticas para as vias de fato, e claro, o Vitória não foi perdoado.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Lev Smarcevski... o arquiteto soviético do Leão

Lev Smarcevski em 1948, década em que jogou pelo Vitória como goleiro. (Fonte: Acervo de Ivan Smarcevski)

 As figuras ocultas da exemplar história do Barradão escondem muitas histórias. Em tempos de Copa do Mundo da Rússia pouco se pode imaginar uma pequena e tênue ligação do Esporte Clube Vitória para com o país eurasiano. O rubro-negro viajou a Europa em 1960 mas não chegou a pisar em terras soviéticas, diferentemente do arquirrival Bahia que por lá fez alguns amistosos em 1957. Por outro lado, se o Vitória não foi a Rússia, o tempo trataria de trazer um pouco da Rússia para o Vitória.

terça-feira, 22 de maio de 2018

1960... o Vitória vai á Europa

Manchetes de jogos do Vitória na Europa. (Créditos: Acervo de Ubiratan Brito)

 Muitos clubes brasileiros excursionaram para o exterior. Em 1960 especialmente, alguns deles foram: o Flamengo, o Fluminense, o Bangu, o Bahia e o América-MG. Além deles, o Vitória, que naquele ano estava em plena descoberta, também fez a sua viagem ao Velho Continente para conectar-se com o bom futebol dos europeus. O rubro-negro baiano que em julho daquele ano fez seu primeiro jogo no Rio de Janeiro - num amistoso com o Flamengo -, meses depois fez sua primeira viagem para fora do país.