Dentre tantos jogadores que passaram pelo Vitória na década de 1980, uma figura foi muito importante e ganhou destaque. O nigeriano Ricky, que chegou na Bahia já no ano de 1984 para defender a camisa rubro-negra.
Richard Daddy Owubokiri, nascido no dia 16 de Julho do ano de 1961 em Port Harcourt-NIG, passou por dois clubes de seu país de origem antes de chegar ao futebol brasileiro em 1984 para jogar no América-RJ. Seis meses depois ele desembarcara em Salvador predestinado a vestir as cores rubro-negras junto do seu companheiro do time carioca, Framber. O Vitória havia jogado a Série B em 1983, já no ano em questão fazia seis jogos que não alcançava um triunfo no Baianão.
|
Elenco do Vitória na década de 80: Ricky é o terceiro agachado da esq. pra dir. no meio de Ivan e Lulinha |
Sua estréia pela equipe ocorreu justamente diante do rival Bahia no dia 15/07/1984. O confronto na Fonte Nova terminou empatado em 1 a 1, com Ricky marcando o primeiro gol de cabeça. Já em outros dois clássicos (12/08 e 28/10) daquele ano que terminaram empatados pelo mesmo placar, o estrangeiro voltou a balançar as redes do estádio Octávio Mangabeira. Mesmo o arquirrival saindo campeão estadual naquele ano, Ricky tornou-se o artilheiro do campeonato com quinze tentos marcados (três deles em clássicos), vestindo a camisa nove. Neste ano, suas glórias rendeu-lhe o apelido de "Gazela Negra da Toca".
|
Ricky é o terceiro agachada da esq. pra dir. entre Ivan e Lulinha |
Conta o próprio que após o término dos treinamentos ele pedia aos zagueiros para permanecerem com ele para treinar mais. Por obter características como a pujança e a altura era o principal cabeceador do elenco. Na temporada de 1985, Ricky sagrou-se Campeão Baiano pelo Vitória. O nigeriano deixou sua marca duas vezes no primeiro jogo da temporada no triunfo por 4 a 0 diante do Botafogo-BA. As goleadas se sucederam na campanha daquele ano. E também as redes balançadas nos BaVi's. Em todos os clássicos que participou, o atacante marcou pelo menos um gol em cada um deles. Isto rendeu a Ricky a artilharia do Baianão pela segunda vez consecutiva, desta vez, marcando 23 gols. E também a alcunha de "Rei".
|
Time do Vitória Campeão Baiano de 1985: Ricky é o quinto agachado da esq. pra dir. |
Deixou o Vitória já em 1986 para ir defender o Metz da França. O dinheiro de sua venda logo foi investido na construção do estádio Manoel Barradas. Sua segunda passagem pelo rubro-negro aconteceu já no ano de 1994. O jogo que marcou sua volta ocorreu diante do Atlético-MG no Mineirão, e neste dia ele balançou as redes. Desta vez ele atuou com a camisa rubro-negra em nove oportunidades, marcando dois gols. Somando suas duas passagens pelo Leão da Barra, ele chegou a marca de 65 gols em 98 partidas.
|
Ricky nos dias atuais, lembra com carinho sua época de Esporte Clube Vitória |
Já aos 53 anos de idade, vive em em Salvador e trabalha como Agente da FIFA.
Ricky. Ídolo eterno da torcida rubro-negra.
ResponderExcluirRicky um dia gostaria de te conhecer pessoalmente e agradecer por ter me transformado em um apaixonado torcedor do esporte clube VITÓRIA no ano de 1984 justamente no jogo contra o nosso maior rival qnd vc marcou o gol de cabeça pro nosso VITÓRIA, eu morava no interior da Bahia onde só tinha torcedores de times do Rio Flamengo e Vasco, más meu coração optou por um time do meu estado e vc contribui pra isso. Hj eu acompanho meu VITÓRIA msm de longe(moro em Caldas Novas-Goiás)e qnd o time joga aqui em Goiânia vo ao Serra Dourada e sou líder de uma torcida q formamos esse ano (LEÕES do CENTRO OESTE) junto com minha filhota de 12 anos e mostro sua foto pra ela explicando por culpa de quem eu sou VITÓRIA..bgd por tudo meu rei.
ResponderExcluirÓtimo relato Márcio. Realmente, Ricky foi essencial para a formação de muitos rubro-negros.
ExcluirO time de 85 foi que me fez ser Vitória!!
ResponderExcluir