Mantos da História: a camisa secundária no Brasileirão de 74

 No ano de 1974 o Vitória fez uma ótima campanha no Campeonato Brasileiro, tendo sido derrubado apenas no apito do árbitro Agomar Martins, num jogo contra o Vasco, que resultou em 0 a 0. Mesmo obtendo a 8° posição na colocação geral - de 40 participantes -, a participação rubro-negra ficou marcada na primeira década da nova competição nacional. (O texto é referente a foto da camisa postada na página da Torcida Vitória Candango)
 O time base do Leão da Barra nesta 4° edição do Brasileirão era composto por: Joel Mendes; Roberto, Dutra, Vavá (Valter) e Jorge Valença; Paulo, Gibira (Luciano) e Davi (Paim); Osni, André Catimba (Evilásio) e Mário Sérgio (Natal). Destes, dez já integravam o elenco no ano anterior e seis no ano de 1972.

 A apresentação do decano foi tão destacável, que rendeu uma matéria na Revista Placar, intitulada de "O novo Grande", exibindo as dependências do clube e pondo o rubro-negro baiano entre as 18 maiores equipes do país.

Matéria da revista Placar no ano de 1974. A imagem principal mostra dois goleiros: Agnaldo Moreira (de vermelho) e Joel Mendes (de amarelo). Ao lado de Joel, está o técnico Bengalinha. (Acervo de Ubiratan Brito)

  Como é costumeiro, a camisa principal foi mais utilizada na maioria dos confrontos na campanha de 74. Mário Sérgio, meia que defendeu a camiseta vermelha e preta contribuiu na 'meiuca' do time na 1° e 2° fase do Campeonato Brasileiro. O título não veio, pois o Vitória acabou deixando a competição no dia 18 de julho, um empate em 0 a 0 com o Vasco da Gama na Fonte Nova, no qual o juiz do confronto, Agomar Martins, deixou de marcar um pênalti, o que favoreceu o time carioca.

Mário Sérgio, o vesgo, domina a bola numa partida do Brasileirão. (Créditos: Tardes de Pacaembu)

 Como contentamento, o "vesgo" e seus companheiros de equipe Joel Mendes e Osni foram premiados pela Revista Placar com a Bola de Prata, taça dada aos melhores jogadores do corrente ano. Em 1975, o Vitória voltou a usar a camisa secundária que continha o brasão centralizado, semelhante a que foi usada no título do Baianão de 1972.

O Vitória obteve três jogadores premiados na Bola de Prata. (Acervo de Nivaldo Carvalho)