Blog criado com o intuito de reunir crônicas sobre jogadores, partidas e outras histórias que marcaram época no Esporte Clube Vitória.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Mantos da História: as camisas de 99 em homenagem a Salvador


 Na última quarta-feira (4) foi divulgado na página da Torcida do Vitória Candango o Desafio das Camisas. A camiseta em questão foi utilizada pelo Vitória no ano de 1999 e permaneceu até 2000. As três foram lançadas durante o centenário do clube e tiveram seu auge na disputa do Brasileirão, onde o rubro-negro chegou até a fase semifinal. Em 2011 o padrão de número 1 foi relançado em homenagem a Petckovic, que até então tinha seu documentário apresentado em Salvador.
 O manto trazia ao centro uma homenagem aos 450 anos da cidade de Salvador. Logo em seus primeiros meses, o Vitória a utilizou num polêmico Baianão. Acontece que o Bahia, adversário do Leão na final, venceu por 2 a 0 o jogo de ida na Fonte Nova e alegou que o jogo de volta não poderia ser no Barradão. No dia da partida final, cada clube foi para um estádio. Tricolores na Fonte, rubro-negros no Barradão, as duas torcidas fizeram a festa num jogo que não ocorreu e foi parar na justiça. Dessa forma, o estadual ficou sem um campeão. Apenas anos depois o título seria divido entre as duas equipes. É de se ressaltar que em maio os dois clubes já haviam se enfrentado na competição no Manoel Barradas, e os leoninos haviam vencido por 2 a 1.
Jogadores do Vitória foram para o Barradão e o esperado BaVi não ocorreu, pois os rivais estavam na Fonte Nova. (Acervo de Galdino Silva)

 A primeira conquista do Vitória com a camisa de forma legítima viria a ocorrer não tão tarde. Cerca de onze dias após a final que não aconteceu, a dupla BaVi voltou a se encontrar em uma decisão. Dessa vez tratava-se da final da Copa do Nordeste. No jogo de ida, o Leão da Barra venceu por 2 a 0, com os dois tentos sendo marcados por Hernández. O jogo de volta dessa vez aconteceu na Fonte Nova, onde o rival venceu por 1 a 0 com gol de Uéslei. O placar não foi suficiente para tirar a conquista do decano, que pode levantar sua primeira taça em ano de centenário.
Atletas do Vitória erguem a taça de (bi)campeão do Nordeste. (Créditos: ecveternamente)

 A jornada no Brasileirão daquele ano se iniciou no dia 25 de julho com uma derrota em 2 a 0 para o Coritiba. O Vitória ficou nivelado entre altos e baixos no prelúdio da competição, vencendo jogos relembráveis como o 2 a 1 no Palmeiras e a goleada em 4 a 1 pra cima do Cruzeiro e perdendo jogos por goleada para Corinthians e Palmeiras (5 a 1 e 5 a 2 respectivamente). O último jogo na primeira fase foi um 3 a 0 sofrido diante do São Paulo de Raí e Marcelinho Paraíba. Assim, avançou para a fase de mata-mata na 6° colocação.


O rubro-negro derrotou o Palmeiras no Barradão por 2 a 1 com gols de Artur e Baiano.

 Logo que avançou para as quarta-de-finais os rubro-negros tiveram um jogo infante. 5 a 4 em cima do Vasco da Gama, numa tarde em que o meia Fernando marcou três gols. As redes vascaínas foram balançadas também por Tuta e Artur, e graças ao goleiro Fábio Costa o time carioca não fez mais que quatro em Salvador, pois o arqueiro chegou a defender um pênalti. No jogo de volta a partida ficou em 2 a 2, com Cláudio e Tuta marcando a favor. Teve-se a necessidade de mais uma partida que veio a ser realizada novamente em São Januário. O placar de 1 a 1, com gol de Baiano, deu ao Vitória a vaga para a semifinal da competição.
Tuta comemora seu gol diante do Vasco no Barradão. (Créditos: ecveternamente)
Plantel do Vitória comemora a ida para a semifinal do Brasileião. De branco está o técnico Toninho Cerezo. (Créditos: ecveternamente)
 Na fase seguinte o Vitória teve como adversário o Atlético-MG, clube que já havia enfrentado na fase e inicial, derrotando-o por 2 a 1. Dessa vez deu Galo no jogo de ida por 3 a 0 no Mineirão. No Barradão o Leão ainda chegou a vencer o clube mineiro por 2 a 1, gols de Cláudio e Pedro Paulo. Foi realizado um terceiro jogo para que houvesse o desempate. O time alvinegro voltou a vencer por 3 a 0 e conseguiu a classificação para a final.


Cláudio na comemoração de seu gol contra o Atlético-MG. (Créditos: ecveternamente)

 A camisa continuou a ser usada no ano de 2000. Logo no início do novo milênio o Vitória utilizou o manto na campanha da Copa do Nordeste. Chegou novamente a final, mas dessa vez o título de campeão ficou com o Sport. Os modelos de 1999 foram usados até o mês de junho, quando as camisas em listras verticais foram lançadas.
Jogadores do Vitória reclamam com a arbitragem na final de 2000. (Imagem: reprodução do Yotube)
 Não se esqueça de participar do próximo Desafio das Camisas na página da Torcida Vitória Candango no Facebook. Toda quarta-feira ás 20:00.

Outras fotos:
Flávio Tanajura fazendo embaixadinhas num treino. (Créditos: ecveternamente)
Elenco do Vitória campeão baiano de 1999*. (Créditos: ecveternamente)
Taça da Copa do Nordeste sendo erguida diante da torcida na Fonte Nova. (créditos: ecveternamente)
Juninho Petrolina dando uma entrevista em 1999. (Créditos: ecveternamente)
Petckovic x Isaías num BaVi. (Créditos: EC Vitória - Fotos históricas)
Leandro Bonfim treinando pela base do Leão. (Créditos: EC Vitória - Fotos históricas)
Time do Vitória que conquistou o bicampeonato nordestino. (Créditos: ecveternamente)
Vitória x Internacional pelo Brasileirão. (Créditos: ecveternamente)
Juventude x Vitória pelo Brasileirão. (Créditos: ecveternamente)
Flávio Tanajura na comemoração de seu gol contra o Palmeiras. (Créditos: EC Vitória - Fotos históricas)

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